DISTANTE DO SONHO

Ecoa no ar,
Os sons secos dos ponteiros,
Ela – sem si, a pensar...
Trancada no banheiro,
Já não há motivos,
Para acreditar,
Nem adjetivos,
Para reinventar,
Já não há mais nada,
Exceto, a alma extremamente cansada,
E uma dor filha da puta,
Que dilacera a sua conduta,
Ela reluta...
Porém, em vão;
Cor de sangue no chão,
Ressoam os ponteiros distantes,
Lentos como o seu coração,
Um tic – tac agonizante,
Entre a vida e a morte,
Ainda divaga na sua sorte,
Num ultimo suspiro ela diz;
Se tivesse outra chance,
Se o sonho tivesse ao meu alcance,
Eu queria ser atriz.