Anos e Anos
Há quanto tempo estou a buscando,
O pranto escoando desejo voraz,
Atrás de uma face que me deixa bradando,
Anos aguardando padecendo sem paz.
Desse sonho que me faz estupefato,
Toma-me por completo do mundo irreal,
Adormeço e a chamo no delírio carnal,
Alvoreço em flama amor insensato.
Queimando e sem tela comigo,
Meu peito maior sofredor,
Anoiteceu esperando castigo,
Amanheceu nesses anos sem amor.
E até quando ainda ai de busca-la,
Das horas que me deixam rapidamente,
Nas noites frias coração carente,
Entorpeces sozinho na utopia de amá-la.