ESTRANHO

Essas marcas do tempo na face,
Essa angústia que com o dia nasce.

Esse não sei o que fazer que assola,
Essa mão estendida pedindo esmola.

Esse saber se ia, sem saber,
Esse par de asas que demora a crescer.

Esse oceano que serve para navegar,
Mas, também serve para se afogar.

Esse (se) que martela o crânio,
Esse ser de um ser tão estraño.

Esse caminhar que não sabe aonde vai,
Esse grito de socorro que não sai.

Essa muralha de dor que me envolveu,
Esse irrequieto destino de ser eu.