Dá na cabeça
Essas tralhas que carrego...
De tão tortas e velhas, se alguém as percebe, eu as escondo.
Eu lhes renego!
De tão esdrúxulas e disformes, lhes amordaço.
Abafo seus grunhidos
Mas elas teimam em me perseguir...
Amontoando-se no quarto da bagunça da minha cabeça
Umas mofam meus juízos em todos os sentidos,
outras os abolem.
Lancinam os elos com minhas convenções
Obrigam-me a ver seu cortejo quase concreto.
Malditas!
Fazem-me assisti-las materializarem-se em discretos atos
...Puro teatro!
...mas até quando eu as rechaço?