SE DEUS ESTIVESSE AQUI


Olhares indefinidos,
Movimentos contorcidos das mãos,
Sons incompreendidos,
Fuga da razão?

Liberdade fechada e vigiada,
Submissão aos “normais”,
Verdade calada,
Silenciosos ais...

Não, não pode gritar,
Nem soltar um palavrão,
E se não aquietar,
Aplicam-lhe aquela injeção.

Mas, ele tem fome de vida; tem sede,
Como não há mesmo saída;
Bate a cabeça na parede,
Esgotado – atira -se ao chão.

Sentimento alado...
Afaga-lhe a solidão.

Com a alma dilacerada,
De dor (ou loucura) sorri,
Um lamento invade o nada;
Ah! Se Deus estivesse aqui.