De pingo em pingo, um tsunami.

Aonde eu deveria pingar, eu derramo.

Travando batalhas em guerras

Inexistentes fora da psiquê

E isto me acrescenta em quê?

Sempre me perguntam

"Por quê você tanto se questiona sobre viver?"

Eu já vivi intensamente

E logo em seguida, me isolei

Questionando sobre o real propósito

Assim, sempre me lastimei

E talvez, só talvez, isso seja mesmo

Sobre sentir o marasmo

Ocasionado pelo ódio por apenas sobreviver

Diante do tolo que vive intensamente a despeito do nosso findar ser falecer

Aquele que enxerga o real momento não fica dentro da lucidez ao relento

Se cobre de razão, emoção e pertencimento

Pertencer ao presente é tudo o que de fato parece mais condizente

Pois o passado não passa de memória emocionalmente alterável

E o futuro, de um anseio por uma mudança futura memorável

Ser você no agora é tudo que te sobra

O resto é ilusão, distopia e um novo ópio

Que anestesia o anseio pela fantasia que presume mais uma máscara

Dentre tantas faces mascaradas, qual a sua cara, afinal?

Ser racional, ser animal. Pertencer ao presente é o objetivo cabalar

Compreender que memórias mentem e que a sociedade não pode te parar

A partir da tomada de consciência de qual é o seu verdadeiro lugar

No presente... nem no futuro e nem no passado

É cada um, apesar de redondo, querendo caber em seu quadrado

Ah, estilo musical tão subjugado...

O presente é o único que anda comigo lado a lado, o resto é resultado de marasmo.

Dizem que cabeça vazia é oficina do diabo, mas e aquela que insiste em moldar o futuro e se arrepender do passado?

Miserável existência humana...