TEMPO VAGO
Ela, a um
Tempo vago,
Vaga, a que
Duma linha
A ir, vai ao
Vir doutra,
Doutra, outra.
Passeiam-me, as
Ávidas palavras,
Vagas bagas
Aos lábios, boca,
Vaga, o vagar
Desse ir tão Ela,
Despreocupada,
Como sem se saber,
O que é, e
Indo, vai solta,
A se fazer
Gestos, o de
Repetir-se a
Esses olhos
De vê-la, revê-la,
Braços coxas,
Corpo… digo,
Confuso, o
De versos!
Desses, desses
Vagabundos, a
Irem por aí, todos
Sem saber, a um
Não sei onde…
Admito,
Sei-a aqui
Ao quando, ao
Porque, desse
Jogou-se todo
Jogado desse
Poema Lego…
Legado de
Fazê-la, refazê-la. Ah,
Incessante mente…
** A ideia do poema me veio quando fiz a foto, coisas que a gente não explica. rsrs