A Razão

Silêncio além-túmulo nesta noite;

afogado a céu aberto

o mundo sequestra meus segredos 

nesta perpétua noite dos mares.

Escancara nas vísceras com moscas,

pairam ao som do vento

e molestam minha lamúria,

consenti com a ausência.

Sempre ensurdecido

e todos navegando no falatório

da máquina do mundo,

eu só consegui desmaiar.

Dedos irascíveis apontados;

choro com os choros das luas

que não gritei para dentro…

Desconheço a parcimônia

E os malditos… os malditos

morgados de tanta soberania

ocultam à luz da manhã: 

A Razão!

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 15/03/2025
Reeditado em 15/03/2025
Código do texto: T8286174
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