A Razão
Silêncio além-túmulo nesta noite;
afogado a céu aberto
o mundo sequestra meus segredos
nesta perpétua noite dos mares.
Escancara nas vísceras com moscas,
pairam ao som do vento
e molestam minha lamúria,
consenti com a ausência.
Sempre ensurdecido
e todos navegando no falatório
da máquina do mundo,
eu só consegui desmaiar.
Dedos irascíveis apontados;
choro com os choros das luas
que não gritei para dentro…
Desconheço a parcimônia
E os malditos… os malditos
morgados de tanta soberania
ocultam à luz da manhã:
A Razão!