FORA DE CONTROLE

Alma ali(é)nada,
Exposta ao vazio do vão,
Inocentemente a coitada,
Deseja ignorar a razão.

Alma alimentada,
Pelo sim e pelo não,
Pela dúvida é levada...
Salvação ou perdição?

Alma descontrolada,
“Ser ou não ser; eis a questão”,
“Paulicéia desvairada”,
Insustentável peso da interrogação.

Alma agora, alucinada,
Pouco importa a direção,
“Entre o ser e o nada” – angustiada,
Se lança na amplidão.

Alma desesperada,
Socorro meu Deus! Clama então;
Será a pobre perdoada,
Pelo autor da criação?