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No abismo mais profundo onde minha alma habita,
residência de uma dor que o tempo para e grita.
Cada passo que eu dou é um suspiro adoecido,
E o mundo aqui parece um deserto de esquecidos.
O silêncio é pesado, como ferro a queimar,
E o coração em sofrimento que não para de sangrar.
A tristeza me envolve, e o golpe se repete
Perdido em pensamentos: Quanto é mil menos sete?
Tentando manter a lucidez que em mim não volta mais,
Preso por correntes, que não me soltam mais.
A mente se perdendo em um mar de pesadelo
Sendo arrastado pelas ondas em um completo desespero.
A dor é o presente que me molda de verdade
E cada noite é um grito abafado encarando a realidade
Mas sigo, entre lágrimas e sonhos quebrados,
Rumo a um futuro que parece ser negado.
Buscando pela fé uma certeza quase inerte
e pra manter a consciência, quanto é mil menos sete?