Minha Dose de Loucura
Uma palavra explodiu,
Na raiz de meus pensamentos.
A boca, amordaçada, calada,
Não a expressou.
Uma fala contida, represada,
Mais uma carga explosiva,
Depositada na base
De uma estrutura caótica
De neurônios fragilizados.
Um censor de dedo em riste
Rosto crispado pelo ódio
Intenso, se destaca em minha
Memoria vacilante.
Eis que um controle absoluto
Cerca com todas as armas
A fonte de minha inspiração.
Porque tanto controle?
Porque tanta (auto) censura
Que me transforma neste escravo
Sem coragem e sem honra,
Diante um arbítrio infame?
Quem manda de verdade
Em meus pensamentos
E minhas ideias?
Quem sabota as fontes originais
De minha inspirações e criações?
Procuro de todas as maneiras
Fugir deste controle opressor
Desesperadamente anseio
Pela minha dose de loucura.