Minha Dose de Loucura

Uma palavra explodiu,

Na raiz de meus pensamentos.

A boca, amordaçada, calada,

Não a expressou.

Uma fala contida, represada,

Mais uma carga explosiva,

Depositada na base

De uma estrutura caótica

De neurônios fragilizados.

Um censor de dedo em riste

Rosto crispado pelo ódio

Intenso, se destaca em minha

Memoria vacilante.

Eis que um controle absoluto

Cerca com todas as armas

A fonte de minha inspiração.

Porque tanto controle?

Porque tanta (auto) censura

Que me transforma neste escravo

Sem coragem e sem honra,

Diante um arbítrio infame?

Quem manda de verdade

Em meus pensamentos

E minhas ideias?

Quem sabota as fontes originais

De minha inspirações e criações?

Procuro de todas as maneiras

Fugir deste controle opressor

Desesperadamente anseio

Pela minha dose de loucura.

João Drummond
Enviado por João Drummond em 02/03/2025
Código do texto: T8275788
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