Loucura Desvairada

A dor de cabeça que me dá, quando penso que estão acabando a frase e, de repente, despretenciosamente começam a alongar, sem sentido, aquilo que poderia ser resumido em poucas palavras e sem muito saber pra onde ir, acabam por ficar nessa coisa infinita, eterna, perpétua, e aí começam os sinônimos, gerônimos, gerúndios, palavras inventadas unicamente pra distrair essa tua mente e te fazer ir pra outro lugar e, a essa altura, já está muito longe, talvez até na Lua, em Marte ou Saturno...

Os outros planetas ficam de fora, pois é difícil lembrar da ordem deles

Mas ah, que se dane a ordem das coisas! A memória implora pela nossa atenção todos os dias, pois está cansada demais para lembrar de qualquer coisa

Porque a cansamos durante todos esses anos em que descemos cada vez mais fundo, num poço instropecto, num feed só meu, na abstração da abstração da abstração

Onde as palavras não fazem mais sentido e até parece que eu estou falando em blah blah blahs, mas eu juro que não

Eu juro!

E seguimos assim, marchando lentamente a uma total e completa isolação

O mundo dos malucos

Sim, dos loucos!

Porque se não há ninguém igual, ou mínimamente normal, é porque todos estão doidos de vez

Aí enfim estaríamos no espaço

E pouco importaria a ordem dos planetas

Pois cada um veria a sua ordem

E a desordem seria lei