... instante roubado...
O gesto, ousado, ébrio,
desenha um verso sem rima,
um impulso de beleza, crua e selvagem
nascido do calor do sentir,
que embriaga o corpo,
segue uma cadência própria,
alheio ao controle.
O momento é frágil e suspenso.
o desejo ultrapassa o arrependimento,
E nesse intervalo breve,
o toque, ainda vacilante,
revela mais do que deveria...
é como uma rima
inesperada e inevitável,
criada pela urgência do querer.
Um instante roubado da razão.
Uma confissão, pulsante e urgente,
feita de carne, de pele e de tudo o que não se pode calar.
Ali, na imperfeição de um segundo,
terrivelmente humano,
a alma encontra a liberdade.
A poesia viva, visceral, surge,
em plena efervescência
qual marca indelével no tempo,
gravada pra nunca se apagar.
Estado de poesia _ Chico Cesar
(*) Imagem: Pinterest
De Esther Lessa,
maravilhosa interação!
Valeu Poetisa!!!
"O VERSO ESTÁ ALI.
NASCIDO DO CALOR DO DESEJO QUE FERVILHA.
E NUMA OUSADIA, ALHEIA AO CONTROLE.
MAS É BREVE O MOMENTO./ NA URGÊNCIA DO QUERER,
O QUE NÃO SE PODE CALAR,
SURGE!/ DAS ENTRANHAS. /NUMA POESIA VIVA E LIBERTADORA!
PRA NUNCA MAIS SE APAGAR!" *****************************************