ESQUIZOFRENIA
Um velho bilhete atrás do espelho
Narra um personagem
No absurdo da loucura
segredos ocultos
incutidos no olhar
que se curva ao chão
A mente
do corpo reflexivo
costura as palavras
e desafia as perguntas mórbidas
Nas poucas linhas
percebe-se a fragilidade
dos sentimentos contraditórios
que cheiram a ferrugem
Os males de um silêncio preso
que se retorce na própria solidão
Pele e ombros caídos
a vagarem nessa quietude
Esquisito
é dizer sobre um lago
que não acorda
O excesso tirou-lhe o espírito
os fachos das manhãs
Habito o contexto
esquizofrênico
Desconheço a luz
sou um personagem
condenado a ser pedra