O perigoso mundo dos sem interrogação

O grito calou

Psiu

Estamos na mesma praia

Nadando contra a maré

Tomando nosso café amargo

Beijando as bocas erradas

Se divertindo

Nos satisfazendo com pouco

Atravessando a porta automática

No modo eletrônico

E da-lhe café amargo,

Ou capucino gelado, é bom...

Usando a melhor fantasia para impressionar.

Porque é caro, ser a gente mesmo,

Onde foi que a ponte se partiu

E nos perdemos em um mundo de faz de conta

Faz de conta que...

Eu sou assim mesmo,

Faz de conta que fugi por aí, na asa delta do céu sem fim

Meu PC está sem interrogação, e daí, mas coloquei no pensamento

Por isso que somos mal interpretados, porque falta alguma coisa que não sabemos dizer.

É porque, nesse exato momento, eu fiz de conta que não notei

E aquela maldita ponte,

Que separou o mundo real do imaginário.

Eu não sei de que lado fiquei,

Mas tenho pra mim que, isso tudo não passa de uma ilusão.

Tenho a sensação que vivemos sem o ponto de interrogação, por comodidade mesmo.

É que se pensar muito, acabamos tropeçando na linha invisível do equador por sorte ou azar,

Depende do faz de conta que você criar.

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 01/12/2024
Reeditado em 01/12/2024
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