O perigoso mundo dos sem interrogação
O grito calou
Psiu
Estamos na mesma praia
Nadando contra a maré
Tomando nosso café amargo
Beijando as bocas erradas
Se divertindo
Nos satisfazendo com pouco
Atravessando a porta automática
No modo eletrônico
E da-lhe café amargo,
Ou capucino gelado, é bom...
Usando a melhor fantasia para impressionar.
Porque é caro, ser a gente mesmo,
Onde foi que a ponte se partiu
E nos perdemos em um mundo de faz de conta
Faz de conta que...
Eu sou assim mesmo,
Faz de conta que fugi por aí, na asa delta do céu sem fim
Meu PC está sem interrogação, e daí, mas coloquei no pensamento
Por isso que somos mal interpretados, porque falta alguma coisa que não sabemos dizer.
É porque, nesse exato momento, eu fiz de conta que não notei
E aquela maldita ponte,
Que separou o mundo real do imaginário.
Eu não sei de que lado fiquei,
Mas tenho pra mim que, isso tudo não passa de uma ilusão.
Tenho a sensação que vivemos sem o ponto de interrogação, por comodidade mesmo.
É que se pensar muito, acabamos tropeçando na linha invisível do equador por sorte ou azar,
Depende do faz de conta que você criar.