Ensinamentos
Relógios derretendo ao sol,
A natureza morta, e viva em jardins.
Perfeitos, escritos em linhas
Completamente tortas.
Os ponteiros param completamente,
Tomam seu fôlego infinito
E se preparam para o fim.
Mas ao pé da morte o tempo
Não sucumbe.
Não é por ele que se encontra
Esse demônio libertador.
Viajando pelo mundo,
Magnatas e pessoas sorridentes,
Todas saboreiam a vida,
Cada um à sua maneira.
Porém ciclotímicos, todos eles,
À espera das tão finas obras...
Quem se vê diante da escuridão,
Nos olhos ofuscará, toda essa luz,
Que trazem a mudança.
E sem ver, a luz se mostra de diferentes formas,
Vezes fronte a uma locomotiva,
E outras rasgando o céu.
Cabe a cada um saber desviar
Ou se juntar às claridades.
Mas como os loucos,
Essa não é a grande questão,
Isso pouco lhes importa.
Pois pouco a pouco se vê,
Que a luz é sempre a mesma.