Voltas
Dando voltas em círculos
Dentro de uma jaula
Que só existe para mim mesmo
Larguei a mim mesmo a esmo.
Só não terminei de afundar,
Pois as voltas mexem meus pés.
Mas, meus braços estão presos,
Sustentando minha cabeça baixa.
Não há olhos sobre mim
Nem para me vigiar
Menos ainda para me admirar
Tampouco olhos que eu gostaria que estivessem.
Não ouço nenhum som de voz
Nem voz que pudesse me elogiar.
Tampouco vozes que eu gostaria de ouvir
Mas, acho que escuto um murmuro me condenando.