Sonhos Sujos
Na penumbra dos corpos, o toque vadio
Desliza a pele, num beijo sombrio
Desejo que arde, devorando o vazio
Sussurros molhados, um grito arredio
No calor das mãos, deslizo sem freio
Provo do amargo, do gosto alheio
Caminho por sombras sem rumo, sem meio
Nossos sonhos sujos, são fogo e eu leio
O prazer invade, sem rédea, sem laço
Nos laços do vício, perdemos o traço
Entre a luxúria, o pecado e o cansaço
Sonhos sujos, três em um eterno abraço