SABOR LOUCO de POESIA Código do texto: T8146418

Grupo Caminho de Sensibilidade

145° Encontro Pôr do Sol

Tema: "Lábios: sabor de Poesia"

Autor: MAKLEGER CHAMAS - O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Título: SABOR LOUCO DE POESIA

VILA NOVA jAGUARÉ - SÃO PAULO - Brasil

Data: 04/09/2024

TÍTULO: SABOR LOUCO DE POESIA

Nos lábios teus, floresce uma divina manhã,

Pois vejo um verso que escorre, suave, sutil.

Vejo a carícia da brisa, num canto que afã,

E o teu doce queima como mel no meu perfil.

Vejo essa tua boca, escrita em fogo e flor,

Destilar segredos em mil palavras do céu.

Sorvo o paladar da poesia divina do teu sabor,

Que dança no vento sagrado, feito um véu.

Porque cada palavra que nasce divinamente em ti

Desperta em mim mil desejos e faz-me te querer.

Beber dos teus versos, degustando o que vi

Nestes teus lábios, que no mundo me fazem viver.

Sabor louco de poesia, que se faz ardente e doce,

Pois, em teu beijo, encontro o que me acalma.

E nos lindos versos teus, a minh'alma se enrosca,

Pois é na tua boca que eternizo a minha alma.

Título: SABOR LOUCO DE POESIA

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita: 04/09/2024

Dedicado à UM MOMENTO ANTIGO

Registrado na B.N.B.

https://docs.google.com/document/d/1vADfEFbVApvBlC0mkQKn3ncK4uiRPmDwM5BHW2Jxv9s/edit?usp=sharing

Dentro de quatro sagradas paredes, cercadas por estoques de tecidos, tapetes e carpetes, acontecia quase todos os finais de semana uma orgia louca, uma explosão de paixão e desejo entre duas almas esfomeadas.

Esse sentimento, tão visceral quanto enigmático, parecia impossível de ser decifrado.

Tudo isso acontecia no distante ano de 1984, dentro de uma empresa onde “MAKLEGER CHAMAS” prestava serviços.

Naquela época, ele ainda não utilizava seu pseudônimo, mas já sonhava em viver da sua escrita

Um sonho que, até hoje, permanece inatingido.

Voltando à história que inspirou o poema intitulado “Sabor Louco de Poesia”, é impossível não lembrar dos intensos momentos vividos durante essa fase.

O corpo daquela jovem, aquela menina-moça, se tornava pura poesia nas mãos de MAKLEGER. Cada toque era uma linha de verso; cada beijo, uma estrofe de amor.

Mesmo com os maus momentos provocados por ciúmes escandalosos e imotivados, tudo era esquecido ali, dentro daquelas quatro paredes.

Os dissabores do mundo exterior ficavam para trás assim que se fechava a porta.

Ali, o cortejo de corpos era ardente, quase ritualístico, e a única testemunha era o silêncio cúmplice de tecidos novos, cortinas por instalar e tapetes, aguardando serem entregues aos seus donos — os clientes da empresa.

Aquele lugar, impregnado de promessas e suspiros, foi o cenário de seus melhores momentos juntos, os mais intensos e inesquecíveis de suas vidas.

Era como se cada encontro fosse uma nova página de um poema ainda por ser escrito.

Eles viviam o presente, sem pensar no futuro, e talvez por isso tudo parecia ainda mais intenso.

O último encontro aconteceu na noite do dia 7 de setembro de 1985, uma data gravada para sempre no coração de ambos.

Naquela noite, com a respiração ofegante e os corpos entrelaçados, a sensação era de que o tempo havia parado.

Não havia relógio que funcionasse para marcar o fim daquele momento.

Era ali, naquele espaço sagrado, que os dois encontraram o ápice de suas vidas.

E, quando tudo acabou, restou apenas a lembrança divina daquela fase inesquecível, que permanecerá para sempre nas suas memórias.

Com o passar dos anos, tudo mudou: as circunstâncias, as vidas, as pessoas.

Mas o que ficou foi a poesia, o poema que eterniza a essência daquele amor louco, ardente e profundo.

A poesia é tudo o que restou daquelas noites e dias vividos com intensidade, e hoje, ela se manifesta nas palavras de “MAKLEGER CHAMAS”, como uma forma de imortalizar o que foi, um dia, o seu "sabor louco de poesia".

O poema "Sabor Louco de Poesia" revela uma expressão profunda de paixão e desejo, entrelaçando o amor e a sensualidade de forma poética e intensa.

Nos versos, há um jogo lírico que transita entre o físico e o espiritual, trazendo à tona o poder da palavra como veículo de encantamento e sedução.

A figura dos lábios, da boca, e do beijo é utilizada como metáfora central, representando o ponto de conexão entre dois seres que se consomem através da poesia.

É como se a boca não fosse apenas um órgão do corpo, mas o próprio campo de criação e inspiração poética.

A intensidade do poema se reflete nas imagens sensoriais que evocam o sabor, o toque, e a música das palavras.

A "boca escrita em fogo e flor" personifica o amante, enquanto "os versos que escorrem suaves" simbolizam o prazer e o deleite que a poesia desperta.

O contexto que acompanha o poema revela a origem da inspiração do autor, que menciona uma fase da vida marcada por encontros carregados de emoção e paixão, vividos em segredo e envoltos por momentos de intimidade.

As quatro paredes, descritas como testemunhas desses momentos, sugerem um espaço sagrado onde a poesia se manifestava através da relação física e emocional.

Esse poema não só exalta o amor e a poesia, mas também carrega consigo as memórias de uma época específica da vida do autor, onde o amor se fazia poesia nas circunstâncias mais inesperadas.

Diálogo entre 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J e Nelinho (MAKLEGER CHAMAS)

Cenário:

Um armazém silencioso, cercado por pilhas de tecidos e tapetes ainda por entregar.

O som abafado da cidade lá fora se mistura com o tilintar de garrafas.

Ambos estão sentados no chão, com uma cerveja na mão.

Há um clima de nostalgia no ar.

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Bebendo um gole de cerveja e olhando ao redor.)Diz:

- “Engraçado como esse lugar ainda cheira ao nosso passado”...

- “Parece que o tempo não passou”.

- “Quando entramos aqui dentro deste estoque”.

- “Cada tecido aqui viu mais de nós dois, que qualquer pessoa lá fora."

- “Pois até o aroma, parece estar impregnado neste local”.

Nelinho (MAKLEGER CHAMAS): (Sorri de canto, olhando para a garrafa na mão.)Responde:

- “É…”

- “Estas paredes guardam segredos que nenhum outro lugar no mundo conheceu.”

- “Foram aqui que as palavras em minha mente, começaram a fazer sentido…”

- “Foi aqui que comecei a escrever: Sabor Louco de Poesia.”

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Faz uma pausa, os olhos brilhando com a lembrança.) Retruca:

- “Aquele poema…”

- “Cada verso…”

- “Cada palavra.”

- “Lembro de quando o li pela primeira vez.”

- “Era como se ele estivesse escrito em minha pele.”

- “Como se cada toque teu, cada beijo…”

- “Estivesse gravado ali.”

- “ Ou, aliás, como se eu estivesse vivendo ou revivendo o mesmo momento, já vivido há anos”.

Nelinho (MAKLEGER CHAMAS): Diz:

_ “Porque foi exatamente isso.”

_ “Cada verso que escrevi, cada palavra, foi uma tentativa de eternizar o que vivemos aqui.”

_ “ Pois, depois de nos separarmos, aqui em minha mente, às vezes, que pensei em você”.

- “ Eu pensei, em todos momentos vividos contigo”.

- “ E Nesses Momentos, sempre tava teus doces lábios”.

- “ E cada vez que eu via os teus doces lábios, era como se estivesse diante de uma nova estrofe.”

- “Aquela boca…”

- “Não só falava, mas cantava.”

- “O sabor do teu beijo era pura poesia.”

- “ Isso quero dizer, em meus devaneios, após beber minhas cachaças, lá no MEO-PATACA) por saudades de você”.

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Toca de leve os próprios lábios, pensativa.) pensa consigo mesma (COMO IRIA IMAGINAR, QUE MINHA DIST NCIA DE VOCÊ, FOSSE TE MAGOAR) e em mils pensamentos de um passado distante e diz:

- “E eu sentia.”

- “ Mesmo distante, eu”...

- “Sentia que aquilo, que vivemos lá no passado, era mais do que só paixão.”

- “Era algo além... uma fusão de corpo e alma.”

- “Mesmo com tudo que vivemos, com todos os ciúmes e brigas lá fora…”

- “Ciúmes de minha parte”.

- “Aqui dentro, tudo se dissolvia.”

- “A dor se transformava em desejo.”

- “O silêncio, em poesia.”

- “ Claro que quando digo, silêncio em poesia”.

- “ Eu quero dizer, que sua mente mesmo em silêncio, ali naquela cama armada, trabalhava em poesia”.

Nelinho (MAKLEGER CHAMAS): (Olha profundamente para ela, com os olhos carregado de lágrimas, por lembranças de tantos anos.) com a voz embargada diz:

- “Aqui dentro, o tempo não existia.”

- “Não havia espaço para as mágoas ou o mundo exterior.”

- “Havia apenas o presente, o toque, o beijo…”

- “E as palavras que eu tentava capturar em forma de poema, quando não estava aos beijos e atos contigo.”

- “E foi assim que nasceu o **Sabor Louco de Poesia**.”

- “Esse poema é você comigo, lá dentro daquele estoque.”

- “Sempre foi.”

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Encara-o, os olhos cheios de emoção.) e emotiva diz:

- “Eu sempre soube…”

- “Que cada linha que tu escrevia, e o que você escrevia, era uma parte de nós dois.”

- “ Porém, não poderia imaginar, que tuas escritas eram tão intensas…. de maneira que nesta poesia é”….

- “Como se cada pedaço de mim estivesse impresso nas tuas palavras.”

- “E o teu jeito de falar... e de me descrever…”

- “Ah, Nelinho, nunca houve alguém que me visse como tu me viste."

Nelinho (MAKLEGER CHAMAS): (Dá um gole profundo na cerveja, suspirando ao final.) e lacrimejando diz:

- "Eu te via assim, porque era assim que te sentia, e te sentia em cada fibra do meu ser.”

- “ Só você não via, não sei se era a paixão, que te cegava naquela época ou era o ciúmes

- “A poesia foi o único jeito que encontrei para te manter viva em mim.”

- “A última vez que estivemos aqui, naquela noite de setembro de 85…”

- “Eu soube que algo mudaria.”

- “E desde então, escrevo para não te perder.”

- “Para que o que vivemos nunca morra."

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Respira fundo, a emoção transbordando, porém com certo sarcasmo.) Indaga:

- "E o que temos agora, Nelinho?”

- “A poesia ainda está aí…”

- “Mas e nós?”

- “Existe algo além dessas palavras?”

- “Ou somos apenas versos esquecidos?

Nelinho (MAKLEGER CHAMAS): (Com um brilho triste nos olhos, segura a mão dela.) observa calado por alguns segundos e de-repente diz:

- “Somos mais do que versos esquecidos…”

- “Somos poesia que resistiu ao tempo.”

- “Não importa o que aconteça, o que vivemos está gravado para sempre em nossas memórias e no que escrevi.”

- “Porém as palavras... essas nunca vão deixar de existir.”

- “Mesmo que o mundo lá fora mude, nós seremos eternos nas minhas linhas paralelas.”

- “Onde escrevo as minhas poesias, expondo os meus sentimentos”.

- “E, talvez, isso seja o suficiente."

26Z2M6A1N3O1E0L13M10J: (Com um sorriso melancólico, aperta a mão dele.) pois ela na verdade se arrepende de ter se separado dele, mas sabe que agora é tarde e sarcasticamente diz:

- “Talvez seja Nelinho…”

- “Porque no fundo, a verdadeira poesia é o que fica quando as palavras se vão.”

- “E isso, Nelinho... isso nós sempre tivemos.”

- “Apesar de vivermos hoje, como amores diferentes”.

(O som das garrafas tilintando ecoa no armazém.)

(Eles se olham em silêncio, sabendo que, embora o tempo tenha passado, o que viveram ali permanece intacto, imortalizado nas palavras de um poema ou de vários que Nelinho escreveu.)

Esse diálogo reflete a intensidade emocional da história e do poema, destacando a profundidade do relacionamento que inspirou o nascer da poesia intitulada*Sabor Louco de Poesia*.

Pois as palavras são carregadas de nostalgia, amor e a inevitabilidade da passagem do tempo, mas também da eternidade que a poesia oferece.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 07/09/2024
Reeditado em 09/09/2024
Código do texto: T8146418
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