VERMES NA ALMA
Por onde anda a poesia
Que habitava a minha mente?
Levou consigo a ousadia
De escrever de repente?
Que poesia habitaria
Esse ser obscuro, decadente
Se até mesmo o riso, a alegria
O abandonou consciente
De que a tristeza tomou o lugar
Do folguedo, da ação, do vigor
Da vontade de cantar, dançar...
Augusto dos Anjos, por favor,
Salva esse poeta do vagar
Da agonia, desse estertor!