UM SER INSÓLITO
Se me encontro no seu calabouço
Escondido onde você não conhece
Em seu labirinto me perco em pensamentos
Nas vagas profundas deste grande mar
Inerme desta vã filosofia pagã
Em eterna buscas frustradas vencidas
A alma implora cansada a morte
Neste éter de solidão profana exaurida
O espírito enfraquece ficando descuidado
A corda do lado mais fraco se arrebenta
O fardo da alma sonolenta frígida
Tornando a cada dia mais pesada a tormenta
A fé ao desvanecer aos poucos na aurora
Leva junto dela a esperança insólita
Torna-se como aguaceiro gélido
A expectativa que um dia foi tão sólida!