Ecos em minha mente,
Nas sombras,
ela se esconde,
Um sussurro frio,
Eis que o jogo se inicia,
em labirinto infinito.
Ela dança entre risos,
com olhos de fogo,
finge compaixão,
mas destrói tudo,
sem piedade.
Palavras são lâminas afiadas,
que saem de sua pequena boca,
Profere maldição,
E a maqueia de alegria,
Anuncia grandes feitos,
camuflando todo o sofrimento.
Vosso riso é ensaiado,
A língua só machuca,
o olhar devora,
as mãos destroem
tudo o que toca,
por onde pisa os pés,
deixa marcas imundas
por todo caminho,
nunca teve um coração,
apenas um punhado de pedras.
“Ela é um monstro”,
Que sorri pra mim,
Arranca as minhas lágrimas,
E conversa com profunda ternura,
Finge drama e alega:
“Sem mim, é um nada,
e a tua vida é obscura.”
E assim, dia a dia,
meu corpo se quebra,
Ecos de dor,
se multiplicam.
Reflexos distorcidos,
um espelho quebrado,
A realidade é um jogo,
sou uma peça atraente,
Ela ri descaradamente,
enquanto, perfura
prazerosamente o meu coração,
Tem sede por destruição,
E em cada suspiro,
minha sanidade se desmancha.
Ela não é única,
multiplica-se em várias,
É uma mãe carinhosa pela manhã,
a fala é doce e o olhar meigo,
À tarde, vigia e confisca meus passos,
escutando conversas entre paredes.
À noite, vira pó tóxico,
e suja a minha bolsa,
invade a minha respiração,
penetra no meu sono,
me persegue e aterroriza
pra reforçar quem é no maldito jogo,
me tortura mentalmente,
matando os meus sonhos.