Réplicas Di-feridas
Urgem-nos as réplicas di-feridas
De quem procura sua beleza
Nos vitrais rígidos, paralelos
Vendo imagens raras, desfeitas
Cócegas de envelhecimento
Que é o acidente da existência
Espelho atrás de um outro espelho
Nós, bem lá no ponto cego, o meio
Oborboletro de meta amorfoses
Borboletando, bolos, boletos, letras
Dívidas, fortunas, sentires, dizeres
Imagens em slow-motion desfiguradas
Mas ainda uma trajetória, uma estrada
Para o mais abjeto dolorido nada
Visão lentamente adestrando-me
Por um assignificado nadificante
O meu eu se tornando amorfo
De que, por epifania, sorrio absorto!!!