Psicotrópicos
Silêncio profundo no claustro
Uma gota de suor e rima
Obra que se esculpe
Entre tintas e rabiscos
Tensão e angústia
Flâmula vibrante arde o peito
Embriagado de amor e desespero
Vibra atônito o destino e sentido
Como um monstro insano
Toma a respiração e sorve o álcool
Corre pela corrente de sangue
Choca o cérebro
Pulsa a loucura dos segundos
Descompassada toda a realidade
Muros de pudor e convenções
Arte que se torna nua e autêntica
Assombra os globos oculares
Catarse de dor e prazer
Das horas impróprias e amores perdidos
Balada que refrigera do cansaço da vida
Esmiuçada em farelos de existência
Acalenta o sentido
Enobrece das teias, a costura perfeita
Signos e amores