Psicotrópicos

Silêncio profundo no claustro

Uma gota de suor e rima

Obra que se esculpe

Entre tintas e rabiscos

Tensão e angústia

Flâmula vibrante arde o peito

Embriagado de amor e desespero

Vibra atônito o destino e sentido

Como um monstro insano

Toma a respiração e sorve o álcool

Corre pela corrente de sangue

Choca o cérebro

Pulsa a loucura dos segundos

Descompassada toda a realidade

Muros de pudor e convenções

Arte que se torna nua e autêntica

Assombra os globos oculares

Catarse de dor e prazer

Das horas impróprias e amores perdidos

Balada que refrigera do cansaço da vida

Esmiuçada em farelos de existência

Acalenta o sentido

Enobrece das teias, a costura perfeita

Signos e amores

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 08/07/2024
Reeditado em 08/07/2024
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