Flor de Maio

Meus olhos profanam um jardim de ignorância

Mastigar pregos para combater o arrebatamento

Rente a terra nobre, lugar de trânsito de planetas

A espera de que tudo seja leve

Nunca mais escolher, nunca mais atar-me

Nessa máquina de sinônimos informais

Limpar as marcas de tempo da pele

Como se estivesse rindo para ameaças

Esse fio é uma ilha suspensa

Da suspensão do deus ex machina

Girar o tear tão favorável ao seu adônis

Semi morto, semi cerrado

Me condiz esse odor de púlpito

A língua retribui ao Obelisco

É sutil o artefato carregando

O deleite embalsamado

A prestação da ficção não é evitada

A comoção por mitigar desejos

Será reconhecido por seus amores

Por geografia do palácio de Eros

O estrago cultuado similar

A um deus recolhido embaixo dos lábios

Meu informe: Perdoa-lo antes do elogio

Antes que as cores das suas rosas padeçam

Acontecerá um banquete de risos rígidos

E o meu corpo gesticulará o rigor

A esta ocasião. Parabéns, todos estão

Em um estado constante de ópio

Exprimida vênus subestimada

Ainda capaz de gestar uma

Substância dúbia, capaz

De inaugurar liturgias e tensões...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 29/06/2024
Código do texto: T8096420
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.