Flor de Maio
Meus olhos profanam um jardim de ignorância
Mastigar pregos para combater o arrebatamento
Rente a terra nobre, lugar de trânsito de planetas
A espera de que tudo seja leve
Nunca mais escolher, nunca mais atar-me
Nessa máquina de sinônimos informais
Limpar as marcas de tempo da pele
Como se estivesse rindo para ameaças
Esse fio é uma ilha suspensa
Da suspensão do deus ex machina
Girar o tear tão favorável ao seu adônis
Semi morto, semi cerrado
Me condiz esse odor de púlpito
A língua retribui ao Obelisco
É sutil o artefato carregando
O deleite embalsamado
A prestação da ficção não é evitada
A comoção por mitigar desejos
Será reconhecido por seus amores
Por geografia do palácio de Eros
O estrago cultuado similar
A um deus recolhido embaixo dos lábios
Meu informe: Perdoa-lo antes do elogio
Antes que as cores das suas rosas padeçam
Acontecerá um banquete de risos rígidos
E o meu corpo gesticulará o rigor
A esta ocasião. Parabéns, todos estão
Em um estado constante de ópio
Exprimida vênus subestimada
Ainda capaz de gestar uma
Substância dúbia, capaz
De inaugurar liturgias e tensões...