A CAVIDADE

 

Foi-se, e à

Forma vazada,

Linhas maiores

Menores, artérias,

Veias, à contradança,

Em grafite bisturi,

A mão, a cortar,

Demarcar onde

O sentir sente, o

Seu sem ter planos…

E, à cavidade,

Mergulha, só,

O do saber-se

Pulsar o

Pulsando

Do que ali

A faltar ia

Faltando

Faltando,

Batia batia,

Batia-lhe

A ausência

Nesse rasgar,

À ponta, que

Apontava um

Sem fim, o do

“É”, o dum

Romance

Acabado.

E assim sem

Suturas, o

 

Poema se acaba,

O inacabado.

 

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 17/06/2024
Reeditado em 17/06/2024
Código do texto: T8087635
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