Sete palmos de areia

Com minhas próprias mãos

cavei minha cova rasa

construí minha próxima morada...

morada essa que será eterna

Escrevi meu nome com um lápis

numa pedra mármore

se alguém procurar

meu túmulo sepulcral

será fácil

de achar essa lápide improvisada

Espero morrer nessa madrugada fria

Vou esperar essa hora abençoada

aqui no cemitério

ficarei de vigília

se isso acontecer , não precisam

procurar o auxílio da OSAN

não precisam gastar dinheiro

com meu enterro

E só pedirem para um coveiro

jogar meu corpo morto

nessa cova rasa , e enterrar

minha vida inteira

D`baixo de sete palmos de areia

NEREU AIRTO AMANCIO FILHO
Enviado por NEREU AIRTO AMANCIO FILHO em 31/05/2024
Reeditado em 31/05/2024
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