DE VEZ EM QUANDO

 

De quando em vez

A lucidez

Se fragmenta

Se ausenta

E a mente

Eloquente

Se sustenta

Ou não

Na ação

Da loucura

Reflete na imagem

Na postura

E então

Me desembaraço

Faço

Uma viagem

Na plumagem

Do vento

Expando

O olhar

Além do enquadramento

Me permito voar

Ser a imensidão

De vez em quando

Aconteço

Fora do eu labirinto

Fora de mim

Digo sim

Para o outro

Eu

Que não sou

Eu

Mas poderia

Ser

Enlouqueço

O id - o ego

O superego

Me entrego

Me dou

O direito de crer

Em um mundo sem

Breu

De vez em quando

Ignoro os porquês

Me sinto

Um mutante - errante

Amante

Da alucinação

Exclamando

No vão

Da psicologia

Eu mereço!

... Até a lucidez retomar

O sentido

E me colocar

No meu (in)devido

Lugar

Na limitada diretriz

De vez em quando

                 Eu sou feliz.