Pêssego Elétrico

Se há algo na terra, ou no céu

Que seja concebido em termos da cor púrpura

Fiapos do meu corpo por uma noite adoecida

Consumido em sorrisos de intenções de laboratórios

O sol vens vermelho e me tira a valsa

Pesa as pálpebras, pois Morfeu esteve aceso

E eu declarava guerra a ele com meu corpo suspenso

Ao conflito desejo-infinito versus a exaustão suprema

Cortei os rumores, desvencilhei

Do teu nariz a me inventar pecados

Sozinho fui engolindo por paredes brancas

Soletrando outra história solvida em corretivos

Solvido em tintas de espelhos

Acordei com você se arrastando

Com um anjo caído incorrigível

Na completa vigília de minha virilha

Meu próprio rosto é um mancha para todos

O meu torso é um oásis apodrecido pelo tempo

Em linhas gerais: Linhas agridoces assopradas com esmero

Eu performo a véspera como ninguém, a sustentando com provocações

Tenho uma certeza que abençoaria os lábios

Besuntaria os dedos, afastaria maridos

Transtornaria a ordem da tríade, céu-purgatório-inferno

Reconhecidamente o fruto amargo, moldando fornalhas

Me amaria mesmo que eu estivesse acordado

Em comungar todo o teu fracasso com extravagância?

Me faria as canções que mente com dedicação

Se soubesse que eu as inventei antes de você?

Mantenha teus demônios sob sigilo

Ou embebede-se na culpa que acusas

Por tanto tanto tempo eu tive que me enfrentar

Mas nunca imaginaria que perderia para teu desejo em mim...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 26/05/2024
Código do texto: T8072158
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