Pêssego Elétrico
Se há algo na terra, ou no céu
Que seja concebido em termos da cor púrpura
Fiapos do meu corpo por uma noite adoecida
Consumido em sorrisos de intenções de laboratórios
O sol vens vermelho e me tira a valsa
Pesa as pálpebras, pois Morfeu esteve aceso
E eu declarava guerra a ele com meu corpo suspenso
Ao conflito desejo-infinito versus a exaustão suprema
Cortei os rumores, desvencilhei
Do teu nariz a me inventar pecados
Sozinho fui engolindo por paredes brancas
Soletrando outra história solvida em corretivos
Solvido em tintas de espelhos
Acordei com você se arrastando
Com um anjo caído incorrigível
Na completa vigília de minha virilha
Meu próprio rosto é um mancha para todos
O meu torso é um oásis apodrecido pelo tempo
Em linhas gerais: Linhas agridoces assopradas com esmero
Eu performo a véspera como ninguém, a sustentando com provocações
Tenho uma certeza que abençoaria os lábios
Besuntaria os dedos, afastaria maridos
Transtornaria a ordem da tríade, céu-purgatório-inferno
Reconhecidamente o fruto amargo, moldando fornalhas
Me amaria mesmo que eu estivesse acordado
Em comungar todo o teu fracasso com extravagância?
Me faria as canções que mente com dedicação
Se soubesse que eu as inventei antes de você?
Mantenha teus demônios sob sigilo
Ou embebede-se na culpa que acusas
Por tanto tanto tempo eu tive que me enfrentar
Mas nunca imaginaria que perderia para teu desejo em mim...