Cachoeirar
Cachoeirar
Num vale distante, onde o sol se esconde,
Onde a lua dança e a noite responde,
Um rio serpenteia, segredos a sussurrar,
E o verbo cachoeirar começa a se revelar.
Cachoeirar, palavra que a mente desafia,
Nas águas tumultuosas, estranho se anuncia,
Licença poética, um convite à imaginação,
O surreal na dança da natureza em ação.
Cachoeirar é verbo que a realidade transcende,
Nas quedas d'água, o estranhamento se estende,
Águas que dançam em ritmo desconhecido,
Um espetáculo único, mágico e renascido.
Entre pedras e musgos, o enigma se desenha,
Cachoeirar, verbo que a mente acarinha,
Na estranheza das águas que descem em cascata,
A poesia se tece, a natureza se retrata.
Assim, no vale onde o verbo se entrelaça,
Cachoeirar, licença poética que abraça,
Um convite ao estranhamento, à reflexão,
No poema das águas, nasce a inspiração.
Zezé Libardi