INEBRIANTE
Inebriante era o perfume dela
Passava pelas ruas as pessoas se viravam
Da onde vinha aquele aroma
Aquela luz, aquele brilho, aquela paz?
Era de virar o pescoço
A procura daquela fonte inesgotável
De doçura, formosura, gostosura
Era de uma flor, de uma planta, de uma bebida?
Não sabiam de nada
E o perfume ia deixando o rastro
De candura, belezura, loucura
Viravam todos, queriam seguir
Procuravam, mas não encontravam
Enlouqueciam, torturavam, buscavam
E não encontravam
A joia rara, polida, mais valiosa
E quem um dia encontrou
Não teve capacidade de entender
A grandiosidade do valor
E a perdeu para sempre
Para o mundo sem perceber.