ENTRE A CRUZ E A ESPADA.

Entre a cruz e a espada, vagueio,

Na encruzilhada da alma, perdido.

A cruz, símbolo de fé e sacrifício,

A espada, afiada e pronta para o conflito.

Na cruz, ergo meus olhos ao céu,

Buscando redenção e alívio.

Nas cicatrizes, vejo a história escrita,

O peso do mundo sobre o madeiro.

Mas a espada, ah, ela canta uma canção diferente,

Brilha com a promessa de poder e vingança.

Seu fio cortante, implacável e voraz,

Desenha destinos com traços de sangue.

Entre a cruz e a espada, sou um equilibrista,

Dançando na corda bamba da vida.

Escolhas se entrelaçam, destino se tece,

E eu, mero mortal,

sou o tecelão.

Que a cruz me guie na escuridão,

Que a espada me defenda dos inimigos.

Entre esses extremos, encontro meu caminho,

Na tensão entre fé e força, sou moldado.

Assim, entre a cruz e a espada, permaneço,

Um poeta errante,

buscando sentido.

Que minhas palavras

E versos tortos sejam a lâmina afiada,

E minha alma,

a cruz que me sustenta.

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 12/04/2024
Código do texto: T8040439
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