ENTRE A CRUZ E A ESPADA.
Entre a cruz e a espada, vagueio,
Na encruzilhada da alma, perdido.
A cruz, símbolo de fé e sacrifício,
A espada, afiada e pronta para o conflito.
Na cruz, ergo meus olhos ao céu,
Buscando redenção e alívio.
Nas cicatrizes, vejo a história escrita,
O peso do mundo sobre o madeiro.
Mas a espada, ah, ela canta uma canção diferente,
Brilha com a promessa de poder e vingança.
Seu fio cortante, implacável e voraz,
Desenha destinos com traços de sangue.
Entre a cruz e a espada, sou um equilibrista,
Dançando na corda bamba da vida.
Escolhas se entrelaçam, destino se tece,
E eu, mero mortal,
sou o tecelão.
Que a cruz me guie na escuridão,
Que a espada me defenda dos inimigos.
Entre esses extremos, encontro meu caminho,
Na tensão entre fé e força, sou moldado.
Assim, entre a cruz e a espada, permaneço,
Um poeta errante,
buscando sentido.
Que minhas palavras
E versos tortos sejam a lâmina afiada,
E minha alma,
a cruz que me sustenta.