POESIA LOUCA
A noite cai misteriosa sobre o mundo...
Há tantos arcanos na noite.
Há tantas loucuras no mundo.
Rascunho versos no papel.
Uma mania tosca,esta minha.
Uma forma de tentar controlar as palavras, antes que se transformem em poemas, e já não tenha controle sobre elas.
Lá fora o silêncio grita os medos dos sonâmbulos nas madrugadas,
Seguem quietos, furtivos, como espectros a fugir das verdades.
Arrastam-se sem alarde, em suas filosofias profundas de bêbados,
com certezas que se evaporam com a aguardente ao amanhecer.
E tudo volta a ser real, medonho e tristonho.
Cá dentro a caneta segue viva e apressada, no intento de burlar a solidão, esse demônio maldito;
de evocar um mínimo de razão,
que torne o poema menos raso e quem sabe, um tanto meu.
Porquê o mundo está louco,
e eu, não tenho ciência alguma, há muito tempo do que, supostamente seria a perfeita e adequada lucidez!