Lycantropia

Lycantropia

Que cheiro é esse que me entorpece?

És doce e soturno

E no vento noturno

Vem quem me entristece...

-És sangue! Desejo Mio!

Meu corpo estremece...

As presas se estendem

E na metamorfose ferina uivo

Ao sangue lupino nas razões que se perdem.

A lua vai alta e virgem

Pura e selvagem

Como o plasma lânguido

Que da face mostra a real imagem

E nas trevas faço-me senhor

Na mata rainha

Levo após a meia noite o temor

Como a lâmina de prata na bainha!

Nem lobo, nem mulher,

Nem homem, nem besta

Sem lar, nem família

Apenas uma lembrança á matilha.

Um uivo estendido e agressivo.

Um choro de tristeza

Um cantar de saudade!

Um desejo lascivo da realidade.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 24/12/2007
Reeditado em 24/12/2007
Código do texto: T790641
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