SÚPERO PRIMATA.

SÚPERO PRIMATA.

Como um aoto eu amanheço na noite, puro

Autóctone do meu lar, me observo com esmero

Vejo mãos manchadas pelo tempo, já sou maduro

Ossos que rangem, barriga que cresce, velho tempero

Virei um número no tempo, maquina obsoleta

Porém não subestime o cérebro desse psicopata

Único órgão indeteriorável, quanto mais velho, súpero.

Desde a origem o primata quer o domínio sobre o primata

A humanidade hostiliza a outra, desde o útero

Mas bípedes saudáveis ainda andando de muletas

Esquecem que todos os dias recebemos mensagens

Quebra-cabeças, do nosso subconsciente, consciente

Podemos prever o futuro, mudar o tempo, selvagens?!

Não somos, falaremos por telepatia, será o fim da era insciente

Um já vívido e hodierno efeito borboleta.

Quiçá ainda não saibamos da nossa real capacidade

Ouço motejos, me chamam de demente, de maluco

Mas não estou pregado na parede pairando como um relógio cuco!

O tempo é-me curioso, sempre expôs nossa fragilidade

E como senhor do universo, joga-nos em suas sarjetas.

Quem sabe pudéssemos dizer mais vezes, eu te amo

Aprendêssemos a não errar os mesmos erros.

Haverá o dia que deixaremos de ser meros perros

Humanos deuses de vida eterna eu conclamo!

Verás o mundo girando como numa roleta.

CHICO BEZERRA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 06/10/2023
Código do texto: T7902800
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