Corações mutantes
Eu tenho vários corações
O que bombeia,
Máquina bem regulada
Divinamente criada
Com a qual eu testo minhas emoções
O coração de pedra
Que endurece para me proteger
Ignorando a miséria dos irmãos
Ora de gelo, ora ausente
Para não parar e me deixar na mão
O coração tranqüilo
Quase um filho da mãe ilusão
Que me desperta sonhos
Toda vez que me ponho
A achar solução
Há outros pouco claros
Que nem percebo o alo
Nem a trajetória
São os que fazem história
São os que disparam na imensidão
Há o coração carente
Que precisa de gente
Para se alimentar
É o que se importa e quer fazer trocas
Com outros da espécie de algum lugar