Ilha Abandonada.
Bebendo na taça da feliz criatura,
Do velho vinho desgastado me despeço,
No golar de minha embriaguez sulfúrica
Deitar-me faz de bom grado, no bomboleante quarto de papel amarelo.
Outra vez minha tez descortina na manhã
Segurando a taça, personagem azeitada
De perfume noturno e peças espalhadas
Em alguma gaveta da mente , no quarto.
Engraçado é a altivez do rótulo dourado
Da garrafa quase desprezada , derramada,
Solitária e vazia do líquido pecaminoso,
Contemplando minha existência de ilhas
Abandonadas.