Eu te vi
Em um dia grotesco,
Vi um sonho dantesco,
Cheirava a horror,
Teu mero dissabor.
Cobra maldita,
Cria perversa,
Quem és que em alma aflita,
Traz tanta promessa?
Disfarça guerras em sorrisos,
De atos tão frios,
Congelaria o próprio inferno,
Escondendo coração no terno.
Retira meu nome de tua boca,
Obsceno é teu falar
Quem és sobre pele e roupa,
Não vez que tua benção é pecar?
Mente atrita,
A quem fascina?
Donde esconde benção feroz,
Sob calúnia atroz?
Tua luz não me cegou,
Pois eu te vi,
Observei teu sorriso,
Respondes desgraça com isso?
Vim do inimigo,
Reconheço velhos chamados,
Se esconde em amigo,
Demônio invertebrado.
Quem és tu,
Que carregas o acusador,
Prole imunda,
Te afoga, te inunda.
Porventura sei teu nome,
Oh enganador,
Não es ovelha nem lobo,
És ceifador.
Das tuas bençãos faz foice,
Foi se a ceifar,
Tenho pescoço duro,
Precisarás serrar.
Incomodas onde me incomoda,
Sorte tua ausência de fala,
Pois a guerra que comigo partirias,
Lhe traria alma morta.
Varão enganador,
Teu diálogo é rio vil,
Misturares teu chamado,
Com sonho imundo de amor amargurado.
De tuas perversões,
Sou diabo necessário,
Não me venha com aversões,
Eu te vi irado.
Sei teu nome e como ages,
Pois antes de usurpar, te vi,
Sei tua sede,
Do rio Eufrates.