Tempo

Tempo.

Eis aí os senhores dos tempos,

Com teus tambores, algozes, ferozes ,

Não tem pena nem da infância.

São alvores, conduz o mundo, no ritmo

Da tua música.

Aí o tempo, misterioso com teu chicote,

Medonho….

Aí daquele que para de dançar…

Este tempo…

Enquanto os tambores tocam,

A humanidade vai dançando,

Em silêncio, cada um no seu ritmo,

Cada um na tua música.

Contemplando o tempo, com o chicote

Nas mãos.

Pobre benevolência, ai de mim!

Quando a música parar, se parar!

Caso não pare, morrerei de exaustão.

Chicoteada por este tempo,

Impiedoso.

Escuta, os tambores, estão tocando,

O relógio da vida vai parar à meia noite,

E se não parar!

A humanidade está exausta de dançar,

Cada qual no seu ritmo, cada qual na tua música.

Uns mais lentos, outros mais ligeiros,

Mas estamos dançando, até a música parar.

Ou até a humanidade, morrer de exaustão.

Rosy Neves

Rosy Nevess
Enviado por Rosy Nevess em 06/08/2023
Código do texto: T7854564
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