A Loira do Cemitério

Na terra do luar de encantos mil

Eis que surge a história sombria a intrigar

A loira do cemitério, a assombrar

Com seu olhar vazio e sorriso sutil.

Conta-se que, outrora, era uma jovem gentil

De longos cabelos dourados a brilhar

Mas uma tragédia veio a desgraçar

Sua alma e seu destino, deixando-a hostil.

Dizem que amou um homem de alma cruel

Que por ganância e poder, a paixão traiu

Levando-a à morte, num adeus cruel.

E agora, no cemitério ela sustenta

Uma eternidade de dor e amargura

Como uma alma perdida, sempre cinzenta.

Mas cuidado, viajante, ao anoitecer

Pois pode encontrá-la a vagar sem fim

Sua beleza, agora desvanecer,

Será motivo para o seu trágico fim.

Maldita é a história desta loira além

Do túmulo, ela ainda assombra o viver

A loira do cemitério, eterno desdém

Um aviso para todos que ousarem esquecer.