Boneca de pano

Entre os olhos e o ciúme

o perfume é de menta

E a beleza ciumenta

Não se zangue, me alimenta

O seu olho é de vilã

Suas mãos de rolimã

Sua pele cheira a musa

A madona que me usa

A fina e frágil Emília

que de trapo, maltrapilha

sua boneca, já sem pilha

Vai estar tão mulambenta

Na manhã que cai somente

Uma febre de pertence

E uma vil que foi à noite

Que se mostra proibida

Que esconde, já despida

Cena pura, que não pensa

Se escancara, recompensa,

Mas não fala quase nada

Pois esquece, já lavada

Onde anda pela vida

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 07/07/2023
Reeditado em 07/07/2023
Código do texto: T7830990
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