Boneca de pano
Entre os olhos e o ciúme
o perfume é de menta
E a beleza ciumenta
Não se zangue, me alimenta
O seu olho é de vilã
Suas mãos de rolimã
Sua pele cheira a musa
A madona que me usa
A fina e frágil Emília
que de trapo, maltrapilha
sua boneca, já sem pilha
Vai estar tão mulambenta
Na manhã que cai somente
Uma febre de pertence
E uma vil que foi à noite
Que se mostra proibida
Que esconde, já despida
Cena pura, que não pensa
Se escancara, recompensa,
Mas não fala quase nada
Pois esquece, já lavada
Onde anda pela vida