Tráfego
(Esclarecimento : Trata-se de arte poética, e não...nunca fumei nem um único cigarro!!)
Era tarde, noite fria
Uma nuvem ou pesadelo
Uma sombra que crescia
Era pé, era joelho
Era mesmo uma estranha
Forma tão sem eloquência
Era febre sem frequência
Era fina e sem formato
O seu ébrio linguajar
Sua mão sem nenhum dedo
Parecer, padecimento
Era ir onde eu frequento
Essa estranha assombração
Era como um violão
Que me toca como música
Que me deixa nua e musa
Mas por favor,
me enlouqueça
Me navegue, me escureça
Me tropece lentamente
E me deixa sem presente
Já levante o seu cristal
Já me rasgue como o tal
E da veia pingue rota
Como a pinga pinga pinga
Da maconha, que rasgada
Me líiquida,
como nada nada nada