A doida canta

Batatinha quando nasce,

Jacaré não tem pescoço,

Loucura e tolice vão-se,

Manter o fundo do poço.

Batatinha quando cresce,

Pirilampos têm asa curta,

Devaneio e rancor tecem,

Ao sortilégio duma gruta.

Batatinha quando morre,

O cão vira-lata late sério,

A doida desvario escorre,

Numa cova de cemitério.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 29/06/2023
Reeditado em 29/06/2023
Código do texto: T7825663
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