A doida canta
Batatinha quando nasce,
Jacaré não tem pescoço,
Loucura e tolice vão-se,
Manter o fundo do poço.
Batatinha quando cresce,
Pirilampos têm asa curta,
Devaneio e rancor tecem,
Ao sortilégio duma gruta.
Batatinha quando morre,
O cão vira-lata late sério,
A doida desvario escorre,
Numa cova de cemitério.