Libertina
Dexe-me dançar.
Sair pela rua sem te procurar
Olhar a lua e cantar uma nova canção.
Sentir a poesia num poema não escrito pra você
Construir castelos com outro príncipe
Correr descalça sem medo de me machucar
Beber água, vinho, hidratar minhas loucuras,
Acreditar que sou um passarinho
E bailar no ar da minha imaginação.
Deixe-me à política, à escravidão
Dos meus sonhos em noites de verão
Protestar a minha dor figinda
Enlaça-me no que há de bom na vida
Sorrir, mesmo com esse jeito sem graça;
E desfaçar minha timidez falando bobagens
Deixe-me a vida!
Quero comê-la e bebê-la
Festejar numa ceia de emoções
As gratidões e ingratidões do meu descaso
Diante dessa brincadeira.
Celebrar os amores e desamores dos românticos
Até arrotar toda fantasia que existe em mim.