Libertina

Dexe-me dançar.

Sair pela rua sem te procurar

Olhar a lua e cantar uma nova canção.

Sentir a poesia num poema não escrito pra você

Construir castelos com outro príncipe

Correr descalça sem medo de me machucar

Beber água, vinho, hidratar minhas loucuras,

Acreditar que sou um passarinho

E bailar no ar da minha imaginação.

Deixe-me à política, à escravidão

Dos meus sonhos em noites de verão

Protestar a minha dor figinda

Enlaça-me no que há de bom na vida

Sorrir, mesmo com esse jeito sem graça;

E desfaçar minha timidez falando bobagens

Deixe-me a vida!

Quero comê-la e bebê-la

Festejar numa ceia de emoções

As gratidões e ingratidões do meu descaso

Diante dessa brincadeira.

Celebrar os amores e desamores dos românticos

Até arrotar toda fantasia que existe em mim.

Rascunho voador
Enviado por Rascunho voador em 17/12/2007
Código do texto: T782043