Ódio
Sussurros da morte
Brotam-me do estômago
A fúria me abre as veias
Derramando o sangue quente,
Seiva do meu ego
A chaga que, na pele, arde
Parece bela, soa feito arte
A boca que tece injúrias,
Criadora de toda a insanidade
De todo o caos, desse antro de maldade
Não quero seu mal
Mas nem de longe, quero seu bem
Não me entenda mal
Mas o ódio volta a quem o tem
A árvore da vida não floresce,
Regada a raiva e sangue
Seus galhos apodrecidos
A caírem no chão,
Como seu espírito,
Mergulhado na devassidão
Seu sorriso sádico,
Rindo daqueles que choram
Seu olhar cético,
Não crê naqueles que oram
Por isso, peço que não me julgues
Se nada sinto pelos mortais que me cercam
Não me culpes,
Por praticar o que me ensinaste
Aprendi tanto com você
A suportar todo o tipo de crueldade
Onde foi parar minha humanidade,
Que não consegue tolerar a bondade?