CASCATA
Pânico, prestes a cair rumo à cascata desconhecida.
Olho para traz,
Minhas obras
Meus investimentos
Minha vida,
Meus amores
Aquele convite à mudança.
Nada disso impede a queda
O medo me apavora e a dúvida dói.
Enfim chega a realidade infinita e inesperada.
Vou escrevendo entre intempéries e a correnteza.
O tempo interpreta como uma eminência de finito.
O coração dissonante, desafinado, em contraste à bossa nova que mora em mim.
Queria agora, uma pedra no caminho, uma cortesia de Deus. Então eu seguraria toda essa minha imaginação.
Tião Neiva