O Deus da Perda Abona a Mentira da Multidão
Me encontrará na encruzilhada onde todas as tecnologias envelhecem
Um laço dado entre fios de plástico e esqueletos de aço
Os espaços preenchido por vozes solúveis
Modificadas nas fissuras de restos intangíveis
Esparrama palavras que borbulham
Dúbios significados, o dobro do esforço
Me queime na imprecisão da escrita
Há um período em que tudo é entretenimento
A ciranda que se contorce
Os tornozelos que dançam ao contrário
O grito tingindo cortinas
Nada escapa da distração
Introduzindo o calvário aos sujeitos
A mimética que incorpora o triunfo
Canta e dança sob meu corpo em véspera
Até onde teu empenho o empunhará?
Equivale-se a dedos cruzados
O absurdo é um empecilho à miséria
Papéis torcidos ainda pingam graxa
E outras substâncias adoecidas pelo tempo
Numa casa dando voltas com Mercúrio
O intervalo em que cristais afundam a pele
E o vapor de vieses indiscutíveis saltam poros
Teu vampirismo me acusa de preceder purgatórios
Meu corpo é uma tragédia obsoleta
Meu corpo é um teatro que mente significados
Meus sentidos são uma serventia à prazeres domésticos
Me queira escavando precipícios com colheres de plástico
A cada nova volta do ponteiro
O lamento transmuta canções
Que são expelidas pelo silêncio
Minha carne se costura pela manhã...