Diário de um querubim

Nunca tive pinta de otário

Mesmo que a maioria dos estragos

Sejam obra de arte para mim

Olhar visionário

Que vislumbra o horizonte

Do seu próprio fim

Carneiro bravo

Que bate a cabeça nas pedras

Até o chifres caiam

Que as angústias lhe escapem

Pelos veios abertos da Ira

Santinho delicado

De corpo covarde

Olhos amarelos

Sem gosto

Delira

Com as coisas

que lhe atiram

Cria cama para si

Aos diabos os outros

Derramo em seus rostos

Palavras sem brilho

Para que esqueçam a vida

Que perderam das vistas

E caíram do abismo

Sem se despedir, em fim...

André M Carneiro
Enviado por André M Carneiro em 27/03/2023
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