REVELAÇÃO

Não consigo ser,
Quem eu sou,
Não consigo ver,
Para onde vou,
Nem sei se vou;
Deslizo calado,
Para outro lado o tino,
A alma eu inclino,
Exige de mim o destino,
Calco espinho cardo,
Sangra do rosto o suor,
Vejo-me no outdoor,
Nas alamedas insanas,
Nas batalhas troianas,
Fecho os olhos então,
E da plenitude da minha escuridão,
Tento revirar o avesso,
Esperanças? Teço,
Não sei se mereço;
Mas, clamo por misericórdia,
Pela amparo da concórdia.
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Quem sabe não termine esse impasse,
E pela luz da vidraça, a graça,
Revela-me sua face?