ABSURDO

Ora, se consigo...

Liberto-me do teu olhar

Do teu corpo, seu cheiro no ar.

Não te sinto, pois não preciso te observar.

Mais...

Trair-me sem imaginar – onde tudo isso vai parar.

És tarde por saber,

O coração já está sangrado,

Não imaginas que o sofrer

Ofega o meu ser por sentir... Tanto querer,

Quais as respostas que a razão daria,

Exatamente, sem ironia.

Complicada sem nostalgia

Completando o meu viver.

Há de ser falho, teu sentimento,

Assim, mais, eu não agüento.

Ver-te no agora, com inda imperfeição,

Alucina o ser minha razão...

Pés no chão, coração no espaço,

Mais pra quê? Tanto embaraço

Liberte-me, devolvas a minha paz.

A cada dia, natureza morta.

Olho para os lados e não mais me vejo

Onde estou... diga agora

Proteja-me nesta hora absurda... Não, mas demora.

Livra-me dessa inconsciência...

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 11/12/2007
Código do texto: T773728
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