ABSURDO
Ora, se consigo...
Liberto-me do teu olhar
Do teu corpo, seu cheiro no ar.
Não te sinto, pois não preciso te observar.
Mais...
Trair-me sem imaginar – onde tudo isso vai parar.
És tarde por saber,
O coração já está sangrado,
Não imaginas que o sofrer
Ofega o meu ser por sentir... Tanto querer,
Quais as respostas que a razão daria,
Exatamente, sem ironia.
Complicada sem nostalgia
Completando o meu viver.
Há de ser falho, teu sentimento,
Assim, mais, eu não agüento.
Ver-te no agora, com inda imperfeição,
Alucina o ser minha razão...
Pés no chão, coração no espaço,
Mais pra quê? Tanto embaraço
Liberte-me, devolvas a minha paz.
A cada dia, natureza morta.
Olho para os lados e não mais me vejo
Onde estou... diga agora
Proteja-me nesta hora absurda... Não, mas demora.
Livra-me dessa inconsciência...